IPVA 2022: é melhor pagar à vista ou parcelar? Veja simulações

Congestionamento em São Paulo: pagar à vista o IPVA é recomendado por especialistas | Foto: GettyImages

 

O boleto do IPVA será especialmente amargo para proprietários de veículos usados em 2022. Isso porque alguns modelos valorizaram até 20% no ano passado, algo fora do comum por causa do efeito da pandemia sobre a produção de veículos novos, que ficou abaixo do esperado e aumentou a demanda por usados. A alíquota do imposto é calculada sobre o valor de tabela do veículo. Como o preço aumentou, ele será proporcional ao novo valor.
Por exemplo, quem tem um Honda City EXL modelo 2020 em São Paulo terá de pagar neste ano R$ 3.296,45 de IPVA, uma alta de 13,2% em relação a 2021, ano no qual o valor do tributo foi de R$ 2.861,70.
Para o consultor financeiro Reinaldo Domingos, a notícia é “péssima” para o planejamento financeiro do início do ano. Isso porque as finanças do período já costumam ser mais pesadas por causa não apenas do pagamento do IPVA e do IPTU (para quem tem imóveis) mas também dos gastos com matrículas escolares, além de despesas adicionais feitas no período de festas de fim de ano, como viagens de férias.
Surge então a dúvida de todo ano, neste ano em situação atípica: vale a pena parcelar o pagamento do IPVA?
Com a ressalva de que os descontos concedidos para o pagamento à vista podem ser diferentes de uma cidade para outra, eles sempre são interessantes, diz Domingos. Em média, o contribuinte obterá 3% de desconto no IPVA e 4% no IPTU. Contudo existem casos nos quais o desconto pode chegar a 10%.
No estado de São Paulo, por exemplo, quem pagar o tributo à vista em janeiro terá desconto de 9%, o que acabará servindo como uma forma de o governo compensar a alta do tributo neste ano. Mesmo assim, como observado no caso acima, o desconto não será suficiente para compensar integralmente o reajuste em relação ao valor pago em 2021.
Para Fábio Gallo, professor de finanças da PUC-SP, não há dúvida de que o pagamento à vista valerá mais a pena em qualquer caso.
O professor cita o exemplo de um carro usado com valor de tabela de R$ 70.000: o valor do IPVA a ser pago, bruto e sem desconto, será de R$ 2.800, equivalente à alíquota de 4%.
Caso seja parcelado em cinco vezes, o proprietário do carro terá de pagar parcelas mensais de R$ 560. Caso resolva quitar o tributo à vista neste mês, o motorista irá obter o desconto de 9% e pagar R$ 2.548.
Na comparação com quem pagar à vista, quem decidir parcelar terá uma taxa de juros embutida de 3,23% ao mês, calcula Gallo. “Portanto, vale a pena aproveitar o desconto porque não há aplicação que renda essa taxa de juros mensal.”
Quem pagar em fevereiro terá desconto de 5%. No exemplo dado pelo professor da PUC-SP, o valor líquido do IPVA será de R$ 2.660. Nesse caso, a taxa de juros embutida é de 2,63% ao mês. “Ou seja, da mesma forma, vale a pena aproveitar o desconto”, diz Gallo.
Exceção: desconto não compensa dívida
Naturalmente, o parcelamento só vale para quem tem dinheiro em conta ou aplicado em uma reserva financeira que pode ser acessada sem custo nem ter que desfazer um investimento de longo prazo.
“Quem está endividado ou com a conta zerada dificilmente conseguirá fazer o pagamento à vista e restará o caminho do parcelamento”, diz Domingos.
“É recomendável evitar ao máximo recorrer a empréstimos, limites do cheque especial ou qualquer outro tipo de crédito, que têm taxas de juros bem mais altas do que a do IPVA sem desconto”, completa.
O consultor financeiro também ressalta que o proprietário do veículo não deve se esquecer dos compromissos futuros. “Muita gente pode se deixar levar pelo bom desconto e acabar esquecendo que há outras contas a serem pagas depois. Não adianta pagar à vista, conseguir desconto e não ter dinheiro suficiente para quitar outras contas.”

Fonte: https://invest.exame.com/mf/ipva-2022-e-melhor-pagar-a-vista-ou-parcelar-veja-simulacoes

Salário mínimo necessário para sustentar uma família vai a R$ 5.657 em setembro

Trata-se da sexta alta mensal seguida do valor, que é 5,14 vezes maior que o piso nacional vigente, de R$ 1.100

O salário mínimo necessário para suprir as necessidades básicas de uma família no Brasil subiu para R$ 5.657,66 em setembro, segundo levantamento divulgado mensalmente pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).Trata-se da sexta alta mensal seguida do valor, que é 5,14 vezes maior que o piso nacional vigente, de R$ 1.100.

O cálculo do Dieese é feito com base no valor da cesta básica mais cara no mês — que, em setembro, foi a de São Paulo –, e considera o valor mínimo para atender uma família composta por dois adultos e duas crianças.

A pesquisa entende como necessidades básicas os gastos com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Em setembro, o trabalhador remunerado pelo piso comprometeu em média 56,53% do salário mínimo líquido (com desconto previdenciário de 7,5%) para comprar os alimentos básicos a um adulto. Em agosto, esse percentual era de 55,93%.

 

O Dieese também calcula o tempo médio necessário de trabalho para adquirir os produtos da cesta básica. Em setembro, esse tempo subiu para 115 horas e 02 minutos (média entre as 17 capitais), maior do que em agosto, quando foi de 113 horas e 49 minutos.

Vale ressaltar que um aumento súbito no valor do salário mínimo teria um efeito catastrófico nos cofres da União, já que o piso é usado como base para a correção de uma série de gastos obrigatórios, como benefícios da Previdência Social, abono salarial e seguro-desemprego.

Para se ter uma ideia, na Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2021, a equipe econômica estima que cada R$ 1 de aumento do salário mínimo gera despesa maior que R$ 300 milhões ao ano.

Cesta básica mais cara em 11 capitais

O custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em 11 das 17 capitais monitoradas pelo Dieese, e diminuiu em seis.

As maiores altas foram registradas em Brasília (3,88%), Campo Grande (3,53%), São Paulo (3,53%) e Belo Horizonte (3,49%). As capitais com quedas mais intensas foram João Pessoa (-2,91%) e Natal (-2,90%).

A cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 673,45), seguida pelas de Porto Alegre (R$ 672,39), Florianópolis (R$ 662,85) e Rio de Janeiro (R$ 643,06).

Considerando os primeiros nove meses de 2021, 16 capitais acumularam alta, com taxas entre 0,19%, em Aracaju, e 13,05%, em Curitiba. Somente Salvador apresentou ligeira queda de -0,05%.

Fonte: CBN Brasil

Novos Saques do FGTS no valor de até R$ 1.045,00 por trabalhador

Saque Emergencial FGTS

O que é?

Autorizado pela Medida Provisória nº 946 de 07/04/2020, é o saque a que tem direito todo titular de conta do FGTS com saldo, incluindo contas ativas e inativas, no valor de até R$ 1.045,00 por trabalhador.

O saque pode ser feito até 31 de dezembro de 2020.

Formas de recebimento

O pagamento do Saque Emergencial FGTS será realizado exclusivamente por meio de crédito em Poupança Social Digital, aberta automaticamente pela CAIXA em nome dos trabalhadores. A movimentação do valor do saque emergencial poderá, inicialmente, ser realizada por meio digital com o uso do aplicativo CAIXA Tem, sem custo, evitando o deslocamento das pessoas até as agências.

Após o crédito dos valores na poupança social digital, já será possível pagar boletos ou contas, ou utilizar o cartão de débito virtual e QR code para fazer compras em supermercados, padarias, farmácias e outros estabelecimentos, tudo por meio do aplicativo CAIXA Tem.

A partir da data de disponibilização dos recursos para saque ou transferência, também de acordo com o mês de nascimento, os trabalhadores poderão transferir os recursos para contas em qualquer banco, sem custos, ou realizar o saque em espécie nos terminais de autoatendimento da CAIXA e casas lotéricas, utilizando o código que deve ser gerado no aplicativo CAIXA Tem.

O saque pode ser feito até 31 de dezembro de 2020.

Canais de consulta

Os trabalhadores podem consultar o valor do Saque Emergencial FGTS e a data em que o recurso será creditado na Poupança Social Digital por meio dos seguintes canais:

  • APP FGTS
  • Site fgts.caixa.gov.br. Acesse aqui.
  • Central Telefônica CAIXA 111, opção 2.
  • Internet Banking.

Calendário

O crédito dos valores do Saque Emergencial FGTS tem início em 29 de junho de 2020 e será realizado em Poupança Social Digital, aberta automaticamente pela CAIXA em nome dos trabalhadores, conforme calendário a seguir:

Nascidos em Crédito na conta poupança social digital Disponível para Saque em espécie ou transferência para outras contas
Janeiro 29/06/2020 25/07/2020
Fevereiro 06/07/2020 08/08/2020
Março 13/07/2020 22/08/2020
Abril 20/07/2020 05/09/2020
Maio 27/07/2020 19/09/2020
Junho 03/08/2020 03/10/2020
Julho 10/08/2020 17/10/2020
Agosto 24/08/2020 17/10/2020
Setembro 31/08/2020 31/10/2020
Outubro 08/09/2020 31/10/2020
Novembro 14/09/2020 14/11/2020
Dezembro 21/09/2020 14/11/2020

O calendário foi estabelecido com base no mês de nascimento do trabalhador e contém a data que corresponde ao crédito dos valores na Poupança Social Digital, quando os recursos poderão ser utilizados em transações eletrônicas, e a data a partir de quando os recursos estarão disponíveis para saque em espécie ou transferência para outras contas.

Se a Poupança Social Digital não sofrer movimentação até o dia 30/11/2020, os valores retornarão à conta FGTS do trabalhador, devidamente corrigidos.

Mais informações:

http://www.caixa.gov.br/beneficios-trabalhador/fgts/saque-FGTS/Paginas/default.aspx